E já lá vão 15 anos que me tornei mãe ao vivo e a cores ( sim que durante a gravidez já me considerava mãe versão Kinder) da nossa princesa Érica.
Que dizer? É tão bom vê-la crescer ,e tenho uma miúda 5. Uma filha adolescente, dedicada, que sabe ser e estar. Ajuda , está presente, gosta de estar com e em família. Também já gosta dos momentos a sós no quarto, virada para ela própria. É uma menina que não exige, pede . Compreensiva , meiga, introvertida ( o que lhe complica um pouco a vida, este mundo é feito para os extrovertidos), responsável, linda ( por dentro e por fora), calma, amiga. Tem uma TPM dura de se aguentar ( nem ela se atura a ela própria, palavras dela), são resmunganços e o volume avariado 8 DIAS SEGUIDOS!!! Mas ninguém é perfeito certo?
E quando chegou a hora de ir embora, não quiseram...e saí da escola sem elas. Voltei passado 20mn e já aceitaram ir para casa com o " vamos dar um mergulho na piscina!". Mas a O. veio o caminho todo a gritar " Casa não!!!! Iscóua!". ( Há pais desejantes de se verem livres dos filhos, neste caso...são elas que se querem ver livres da mãe!).
O tempo tem estado maravilhoso e tenho aproveitado para as minis andarem de cuequinhas.
E se uns dias corre super bem, outros mais valia agarrar uma esfregona a cada uma das minhas pernas!
Bom, mas vamos lá então. Temos 17 meses e já se usa penico e redutor ( por vezes sanita só com a mãe a segurar, mas esta é a opção que por norma dá direito a refilanço). Pedem para fazer o serviço ( aliás, os 2 serviços! ) , mas nem sempre a tempo de eu percorrer o caminho até ao local. Já tentei andar de penico atrás, mas as moças acham ( e bem) que o serviço é para ser feito no WC , e não na sala, rua , quarto etc.
Hoje correu tudo bem, até ao almoço. Aí a O. pede depois de ter feito , vou trocá-la e quando chego tenho a L. a dizer-me um "OHHHHH JÁ TÁ! " E um belo xixi quentinho acabadinho de sair. Confesso que não consigo seguir uma regra e deveria pois sei que fica tudo mais simples. Elas estão preparadas para largar a fralda, mas o que falta depende aqui da mãe. Eu, nem sempre tenho energia para a correria dos xixis de uma e de outra ( por norma fazem tudo quase ao mesmo tempo) mas vou fazendo o melhor que consigo. Não tenho objectivo de desfralde, mas confesso que estou cansada de lavar fraldas ( usamos reutilizáveis) e odeio o cheiro da descartáveis ( que usamos quando o tempo é curto). Vamos lá ver como correm as coisas até o final do ano.
Agora , digam-me lá se não ficam bem engraçadas de cuecas !!!
A escola já começou para todos cá em casa ( ontem foi a vez do J. e da E.).
Uma das coisas que costumo fazer com os meus estudantes ( mais crescidos) é escreverem quais os seus objectivos para o ano lectivo. Falamos sobre quais as suas intenções, e como querem sentir-se durante o ano. Tento não falar de expectativas para não se desiludirem, mas falamos sobre o que pretendemos durante o ano de trabalho escolar.
O J. está no 6ºano, começou com muitos nervos à flor da pele ( nem dormiu de noite!), e um pouco a pensar no " as férias poderiam durar mais um pouco". Mas é tempo de arregaçar as mangas! Durante a semana fez algumas fichas e começou a ver os manuais. Olhando para os números que apontou, o objectivo anda nos 80%. Como sempre, à medida que fará os testes vamos colocando metas. Quando atingem as metas podem escolher o jantar preferido e eu trato do assunto .
A E. está no 9ºano e começa a pensar no que quer seguir na próxima fase. Colocou metas altas, diz que este ano quer mesmo ser aluna de quadro de honra. Está entusiasmada...vamos ver como corre ( e se continua com todo este entusiasmo!).
Aproveito e desejo a todos os alunos, professores, educadores , auxiliares ( esqueço-me de alguém?) um excelente ano lectivo!!!
Era de esperar mais cedo ou mais tarde pela quantidade de estudo que tem feito ( quase nulo!). Faz os TPCs, e por vezes relê alguma parte da matéria que tem dúvida na véspera da prova. Mas estudar mesmo, nada feito.
Nunca ralhei, apenas lhe chamava a atenção se não seria necessário algum estudo . A resposta veio sempre negativa, "sei a matéria" dizia-me ele. E eu confio ( mesmo achando que "isto não vai correr bem para sempre").
Agora que começa a receber as notas destes testes ( e sendo só um neste trimestre não terá hipótese de subir) apercebe-se que cometeu o erro de não estudar. Hoje disse-me que está na altura de começar a estudar se quer continuar com as notas que tinha. Já "magicou" um plano para aprender a estudar, já fala em ir revendo a matéria nas férias grandes para não esquecer o que aprendeu, e diz-me que no próximo ano não se pode desleixar como foi neste.
Aprendeu com o seu erro. Para mim é importante que os meus filhos aprendam por eles próprios, é mais fácil de corrigir ou mudar de estratégia quando o erro é nosso do que quando é de outra pessoa ( como por exemplo dos pais, em que contamos o que nos aconteceu para antecipar os erros dos nossos filhos).
Ele baixou MUITO as notas, em cerca de 20%. Menino de notas entre 85 e os 100%, agora tem trazido notas na casa dos 70%. Não é grave, é claro que não! E está tudo bem. Mas ele ficou triste, esse sentimento é importante para melhorar. E eu acredito que no próximo ano a atitude será outra. Ele não é rapaz de baixar os braços, mas sim de lutar quando é preciso.
Escrever não é com ela, no entanto nos desenhos que faz escreve para identificar o que acha importante.
Faz contas de cabeça quando lhe fazemos pequenos problemas.
Gosto TANTO de a ter assim pequenina e brincalhona...
Em Setembro irá para o primeiro ano, tornar-se-á uma estudante. Sinto um orgulho enorme e uma nostalgia ao mesmo tempo. A minha pequena a crescer.Oh tempo! Abranda!
Hoje foi dia de reunião, de falar sobre as novas regras, sobre o que a espera. Como já é a terceira vez que passo por isso, sei o que nos/a espera. E vai ser bom, vais ser tão bom! Agora, é tempo de aproveitar para brincar muito. Criar boas memórias do jardim de infância, e guardar aquele cheiro característico da escola dos "pequenos" para mais tarde recordar. Porque a brincar se aprende e se cresce muito. No ano que vem, virão novos desafios, novos amigos, nova professora, novo material. Um passo enorme para ela, e também para nós!
Eu diria que no caso delas são mesmo chinezices! Elas falam falam falam e só elas se percebem. Confesso que me derreto toda quando estão nos dadadadada e tatatatatatata uma com a outra . Mas falemos português...ora por aqui as "palavras" são :
Dá ( do verbo dar mesmo e a pedir com a mão)
Anda ( a chamar com a mão também)
Mamã ( palavra sem sombra de dúvidas no 1ºlugar do TOP10 das palavras delas)
Ga ( gata)
Ma ( quando vê umas da irmãs, ou o irmão)
Aíxe ( Alice)
Nana ( banana)
AH! AH! AH! AH! ( aos gritos e aos pulos,quando me vêm tocar no pote de bolachas )
Papá ( penso que se percebe bem o que quer dizer)
Papapa ( quando vêm a sopa ou outra comida)
De resto elas bem dizem coisas e argumentam. Eu repito na esperança de aprender uma nova língua mas não devo passar no teste com 99% de certeza . Elas ficam a olhar para mim com cara de " que raio está a mamã ali a tentar dizer" e comentam (naquilo que acredito ser gemelês) uma com a outra deixando-me LITERALMENTE à nora.
Uma coisa que gostam muito é de cantar! E dançar também. Já sabem "piscar" as mãos quando canto o Brilha Brilha ( Estrelinha), e fazem algumas partes da canção das Doidas andam as galinhas, abanando o corpinho, e por vezes mesmo fazendo agachamentos rápidos que mais parece que treinam no crossfit.
E pronto ...é isto...Bom fim de semana gente!
E como está aqui a Lisa a dizer " becbecbecbecbec" ( whatever that means!) .
Os filhos crescem, e os pais "sofrem". Se por um lado é o orgulho de os ver crescer, por outro é a dor que nos assola com receios e medos.
Neste momento tenho a E.com 13 anos, na corda da adolescência. Um dia é festa, noutro o descalabro!
A E. começa a enrolar-se num casulo qual lagarta em plena transformação. Sim, transformação! O corpo mudou. Os sentimentos e a forma como vê a vida, o mundo, a família e os amigos também começam a mudar. Está em metamorfose. E esta mudança pede exige espaço e distância. Ela precisa do seu espaço, sozinha, a pensar nas suas coisas, na vida. Precisa do seu CASULO para crescer. Uma menina cada vez mais mulher, mas ainda criança. Está no seu casulo, e quando daqui a uns tempos sair dele, terá asas para voar qual borboleta.
Dores de crescimento...minhas! E do pai! Porque como já disse, é tão bom vê-los crescer mas dói. Dói de pensar nas decisões que têm de tomar ( saberão escolher bem ?), dói pensar que para crescer é preciso cometer erros, dói pensar que também eles terão dores de crescimento.
A vida dos meus filhos é deles e só deles, e são eles que a têm de viver em pleno. Estamos e estaremos sempre presentes no percurso dos nossos filhos. Sempre disponíveis para os bons e para os maus momentos. Sempre presentes para ouvir, escutar, apoiar e se necessário aconselhar. O nosso colo estará cá sempre disponível, e os nossos braços sempre abertos, para os receber sempre que precisarem. Pois, apesar de tudo, serão aos nossos olhos, sempre os nossos bebés, as nossas lagartas que simplesmente passaram pela metamorfose. A minha princesa será sempre a minha princesa, com 13 ou 31 anos.