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Olhares Azuis

Aqui por casa, 7 pares de olhos azuis.

Olhares Azuis

Aqui por casa, 7 pares de olhos azuis.

18 anos de princesa E.

A nossa primogénita faz 18 anos!

Uma menina ( já mulher ) maravilhosa. Doce, meiga, resiliente, persistente, humilde, amiga, responsável, chorona, emocional , calma, linda e única. Uma pessoa que vale a pena conhecer, uma amiga que não deixa ninguém para trás. Que tem objectivos para o futuro, mas que sabe é que preciso um pouco de tudo para se ser feliz. Estudar, divertir, passear, estar em família, descansar e preguiçar. Tudo com peso e medida!

O que mais desejo é que a nossa princesa seja sempre saudável e feliz. Que concretize todos os seus sonhos na companhia de quem mais gosta e dos que a amam.

Nota : Sim, custa-me ser mãe de uma adulta. Ainda ontem nasceu...snif snif . Mas é fantástico ver como se tornou aos poucos na pessoa que é hoje e da qual tenho muito orgulho!

Quando em 3 dias tudo muda

A expectativa de se ir para uma universidade é enorme. Depois do estudo constante e do esforço de 3 anos, da preocupação de se estar preparado para os exames, dos nervos, das noites a rever etc, vem a longa espera. Primeiro, o averiguar dos resultados dos exames e o calcular de médias. Depois a candidatura, pensando qual será a melhor escolha e ordem de cursos superiores ao qual o estudante se quer propôr. E logo a seguir...a TORTURA ! A espera...que nunca mais acaba, que corrói, que enche a cabeça de "ses" de tudo e mais alguma coisa. Começa o medo de não ter entrado, das médias terem subido, de não ter estudado o suficiente, de não estar à altura.

Passado um mês, tudo se resume a um CLIC. No nosso caso, as 48h antes do dia 11 de Setembro foram de nervos à flor da pele, eu quase que diria agonia mesmo. Em todos os fóruns de estudante só se falava de médias, e notas, de cursos, de quem já sabia o último colocado. No dia 9 sai uma tabela de últimos colocados. Em que uns opinam ser verdadeira pelas médias terem descido tanto, outros rezam que seja falsa pois se for verídica não entraram uma décima pela subida brutal ( afinal, tudo varia de curso para curso). E nós ali, a ler e a sofrer, mãe e filha juntas em frente ao ecrã. Olhamos a tabela e segundo esta, entrou na que achava que iria entrar! Mas...e se for falsa... mais sofrimento !!! Sim, que isto custa mesmo a sentir e viver acreditem.

No dia 10, a falar com uma amiga esta diz-me que o filho já recebeu o email. Corro escada acima a informar a E. que me responde " não recebi nada" mas ao actualizar lá estava ele!!! O email tão esperado!! E agora??? Sim, é agora, tudo ou nada.  Descobrimos que entrou, e que fica deslocada para o local que ela sempre achou que ficaria. Começa o reboliço de fazer as malas, comprar os itens necessários, uma correria!

Entre sábado de tarde e segunda de madrugada fizeram-se malas, listas, comidas, verificações, enfim TUDO. A caminho de Coimbra a E. fez a sua matrícula online.  Entramos no seu quarto e arrumaram-se as coisas, e chega a hora da despedida. Abraços, beijos, lágrimas. Um misto de emoções.

Em 3 dias a minha princesa atravessou a porta e começou um novo caminho. Faltava tanto para saber onde ficava, e passou tão depressa ao mesmo tempo. 

Vai correr tudo bem!  Vai ser um ano de muitas conquistas, novas amizades , e sucesso para a nossa princesa. Eu sei que sim! 

6 anos de ti, de nós...

Faz hoje 6 anos que descobrimos que o Bebé X era uma deliciosa Alice.

O tempo corre, voa... mas lembro-me na perfeição as contrações da noite anterior, o nervoso miudinho, a expectativa de "ser agora",  a felicidade e o êxtase.

O choro que só parou quando a colocaram no meu colo ou melhor na maminha tal era a fome com que vinha.

A felicidade nos olhos do pai, o coração cheio quando os manos a viram e conheceram pela primeira vez. O ORGULHO do J. que negou a gravidez toda mas que se apaixonou assim que viu a sua maninha. O Amor  e a ternura da E. a pegar pela primeira vez na sua princesa pequenina.

Momentos inesquecíveis, e que me fazem feliz, com lagriminha no canto do olho ( ai a nostalgia).

 

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Reunião na escolinha da Amorinha

Está uma crescida e já se fala no 1º ciclo.

Gosta de números e de letras.

Já lê algumas coisas porque quer saber ler.

Escrever não é com ela, no entanto nos desenhos que faz escreve para identificar o que acha importante.

Faz contas de cabeça quando lhe fazemos pequenos problemas.

 

Gosto TANTO de a ter assim pequenina e brincalhona...

Em Setembro irá para o primeiro ano, tornar-se-á uma estudante. Sinto um orgulho enorme e uma nostalgia ao mesmo tempo. A minha pequena a crescer.Oh tempo! Abranda!

 

Hoje foi dia de reunião, de falar sobre as novas regras, sobre o que a espera. Como já é a terceira vez que passo por isso, sei o que nos/a espera. E vai ser bom, vais ser tão bom! Agora, é tempo de aproveitar para brincar muito. Criar boas memórias do jardim de infância, e guardar aquele cheiro característico da escola dos "pequenos" para mais tarde recordar. Porque a brincar se aprende e se cresce muito. No ano que vem, virão novos desafios, novos amigos, nova professora, novo material.  Um passo enorme para ela, e também para nós!

O tempo voa...e a Amorinha ganha asas.

 

 

Dores de Crescimento - dos pais

Os filhos crescem, e os pais "sofrem". Se por um lado é o orgulho de os ver crescer, por outro é a dor que nos assola com receios e medos.

Neste momento tenho a E.com 13 anos,  na corda da adolescência. Um dia é festa, noutro o descalabro!

A E. começa a enrolar-se num casulo qual lagarta em plena transformação. Sim, transformação! O corpo mudou.  Os sentimentos e a forma como vê a vida, o mundo, a família e os amigos também começam a mudar. Está em metamorfose. E esta mudança pede  exige espaço e distância. Ela precisa do seu espaço, sozinha, a pensar nas suas coisas, na vida. Precisa do seu CASULO para crescer. Uma menina cada vez mais mulher, mas ainda criança. Está no seu casulo, e quando daqui a uns tempos sair dele, terá asas para voar qual borboleta.

Dores de crescimento...minhas! E do pai! Porque como já disse, é tão bom vê-los crescer mas dói. Dói de pensar nas decisões que têm de tomar ( saberão escolher bem ?), dói pensar que para crescer é preciso cometer erros, dói pensar que também eles terão dores de crescimento.  

A vida dos meus filhos é deles e só deles, e são eles que a têm de viver em pleno. Estamos e estaremos sempre presentes no percurso dos nossos filhos. Sempre disponíveis para os bons e para os maus momentos. Sempre presentes para ouvir, escutar, apoiar e se necessário aconselhar. O nosso colo estará cá sempre disponível, e os nossos braços sempre abertos, para os receber sempre que precisarem. Pois, apesar de tudo, serão aos nossos olhos, sempre os nossos bebés, as nossas lagartas que simplesmente passaram pela metamorfose. A minha princesa será sempre a minha princesa, com 13 ou 31 anos.

Dores de crescimento...( suspiro).

A vida é mesmo assim, ânimo!

Hoje é domingo e é dia de fazer bolachas e o bolo de Domingo. Por norma fazemos todos os fins-de-semana para os miúdos levarem para o lanche da escola durante a semana evitando assim as bolachas de compra. Eles adoram, e é um bom tempo passado na cozinha!

Ontem quando me falaram nisso não me apetecia...a O. está com início de pneumonia e anda sempre pendurada em mim chorona.Mas é preciso animar aqui a Mãe e nada como estar com a A. na cozinha (ela a tentar comer massa crua às escondidas) . Os mais crescidos saíram com o pai, e eu vou aproveitar com a A. que as minis dormem para então pastelar fazer pastelaria .

A ver se tiro fotos e as coloco aqui para ficarem de água na boca!

Noites horríveis e um enorme susto!

Na quinta-feira 19 de Abril fui ao centro de saúde com as minis e a Amorinha para levarem as vacinas. E tem sido HORRÍVEL desde então! Melhorou esta tarde ( finalmente!). As minis fizeram febre ( 38º e outra 38,8º), ficaram rebugentas, não queriam dormir, não queria comer, mamar, colo...NADA. Choravam sem parar, esperneavam, gritavam. Eu embalava, colocava na minha cama, ao colo, dava mama, não dava mama, enfim...juro que estive à beira da loucura! Ontem deitei-as, ou tentei deitá-las , pelas 21h00 como de costume. E nada. Ficaram mais um pouco acordadas, rebugentas, acabei por adormecer a O. na mama, e a L. na cama com o pai. Mas estive cerca de 1h para as conseguir deitar!

A Amorinha tem acordado várias vezes durante a noite porque lhe dói o braço e não tem posição ( nem foi à escola 5ª e 6ª).

 

Ontem, meti-me a ver um filme e engomar a roupa, quando há 1h20 ( de hoje) começa um berreiro DUPLO. E aí sim...foi duro! Não pararam até às 2h40. Sem parar! Até no chão da sala me deitei com elas cheias de almofadas e mantas a ver se adormeciam e NADA. Uma berrava, depois a outra, a L. então parecia possuída ! Eu juro que ainda pensei em levá-la ao hospital...nunca a tinha visto nesse estado e fiquei mesmo preocupada que se tratasse de alguma reação adversa. Acabaram por adormecer, consegui deitá-las cada uma na sua caminha e depois deitar-me eu.

Nem 30 minutos depois oiço um "mamãaaa", pergunto por " Alice?" e oiço um grande tombo. CONGELEI !!! Achei que tinha caído da escada abaixo! O G. levantou-se depressa e foi a correr. Eu atrás dele, olhamos...e nada?! Vou ao quarto das minis..e nada! Caramba, ouvimos um grande trombolhão e vinha das escadas! A cancela estava aberta. E de repente vejo a gata atrapalhada. Afinal tinha sido a nossa Macaca ( gata) a cair da escada abaixo. Tadinha da gata...mas confesso que fiquei aliviada! A gata safou-se bem felizmente! Eu fiquei a tremer descontroladamente, agoniada.

Já o Gon estava deitado e começo a ouvir de novo chamaram por mim,. Afinal era o J. a sonhar alto...

 

Depois de tudo isso...chorei. Chorei MESMO. Primeiro porque tive um medo desgraçado quando ouvi o som do trombolhão, depois porque não durmo há 3 noites (o cansaço, a falta de dormir, mexem com a forma como lido com os meus sentimentos) e parte-me o coração não conseguir acalmar as minhas minis ( senti-me frustrada). 

Já passou. Já voltou tudo ao normal. Mas quando relembro os pensamentos desta noite arrepio-me! Temos cancela , mas a rapariga vira volta de noite abre e desce sozinha às escuras, isso aflige-me.  E sobe as minis, já estão mais calmas ( e sem febre!).