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Olhares Azuis

Aqui por casa, 7 pares de olhos azuis.

Olhares Azuis

Aqui por casa, 7 pares de olhos azuis.

Cansada

Ando cansada...todos andamos cansados...nunca imaginei passar por uma pandemia muito menos nesta fase da minha vida. Talvez, quando tivesse o dobro da idade talvez, mas nunca agora. Tudo isto nos afecta muito e estou como todos neste planeta...farta e cansada.

De resto , tudo continua...a escola, o trabalho. As ligações é que mudaram. Não estou com as minhas irmãs, nem com os meus sobrinhos. Quando os vejo parece que não os reconheço, crescem e eu estive noutro planeta.

Eu tenho a plena consciência que não é justo aos olhos de muitos eu me queixar, mas se não desabafo...expludo. Felizmente ainda ninguém apanhou o maldito vírus cá em casa. Não perdi ninguém por ele. Mas não deixo de sentir que me afastei de tudo e de todos. Este medo constante...o receio diário...deixam-me neste cansaço que nem eu sei explicar. O tempo passa e não dou por ele. Já não existe diferença entre a terça-feira e o sábado. De segunda a domingo, tudo igual.

Precis(o)amos URGENTEMENTE  de mudar isto. Viver mais o dia, aproveitar mais quem amamos. Que este desabafo seja o início de uma mudança, porque todos cá em casa precisamos.

O G. partilhou comigo um artigo interessante por me ver sentir assim, e acho que sofro disto mesmo, LANGUISHING.

Fiquem todos bem!

 

Dores de Crescimento - dos pais

Os filhos crescem, e os pais "sofrem". Se por um lado é o orgulho de os ver crescer, por outro é a dor que nos assola com receios e medos.

Neste momento tenho a E.com 13 anos,  na corda da adolescência. Um dia é festa, noutro o descalabro!

A E. começa a enrolar-se num casulo qual lagarta em plena transformação. Sim, transformação! O corpo mudou.  Os sentimentos e a forma como vê a vida, o mundo, a família e os amigos também começam a mudar. Está em metamorfose. E esta mudança pede  exige espaço e distância. Ela precisa do seu espaço, sozinha, a pensar nas suas coisas, na vida. Precisa do seu CASULO para crescer. Uma menina cada vez mais mulher, mas ainda criança. Está no seu casulo, e quando daqui a uns tempos sair dele, terá asas para voar qual borboleta.

Dores de crescimento...minhas! E do pai! Porque como já disse, é tão bom vê-los crescer mas dói. Dói de pensar nas decisões que têm de tomar ( saberão escolher bem ?), dói pensar que para crescer é preciso cometer erros, dói pensar que também eles terão dores de crescimento.  

A vida dos meus filhos é deles e só deles, e são eles que a têm de viver em pleno. Estamos e estaremos sempre presentes no percurso dos nossos filhos. Sempre disponíveis para os bons e para os maus momentos. Sempre presentes para ouvir, escutar, apoiar e se necessário aconselhar. O nosso colo estará cá sempre disponível, e os nossos braços sempre abertos, para os receber sempre que precisarem. Pois, apesar de tudo, serão aos nossos olhos, sempre os nossos bebés, as nossas lagartas que simplesmente passaram pela metamorfose. A minha princesa será sempre a minha princesa, com 13 ou 31 anos.

Dores de crescimento...( suspiro).

Reflexão do dia

Ainda sobre o tema da reunião , e que me deixou a pensar...Façam favor de opinar pois é importante ( para mim) a vossa palavra.

Para onde vão a motivação e o entusiasmo que se faz sentir quando se vai para a escola pela primeira vez?

 

Não conheço nenhuma criança que não tenha a curiosidade e aquele nervoso miudinho de ir para o 1ºano de escolaridade. Mas e depois?

São mais que muitos , quando chegam à adolescência, os miúdos que olham para a escola de uma forma negativa e aborrecida ( falando no contexto de sala de aula).

 

 

 

 

A felicidade e o medo

Por incrível que isso vos possa parecer, o que sinto é isso mesmo, felicidade e medo.

Sou tão feliz, que o medo de perder essa felicidade acompanha-me sempre.

Gosto tanto da minha vida, que tenho MEDO que esta mude .

AMO tanto esta minha família, que tenho MEDO que aconteça alguma coisa a algum de nós.

Ver os meus filhos crescer é a minha Felicidade.

Estarmos juntos faz-me Feliz.

Já me disseram que não devemos dizer que somos felizes. Pois eu não digo, eu GRITO!

SOU FELIZ!

Sou feliz porque em 1997 encontrei o meu príncipe. Sou feliz porque o meu príncipe nunca desistiu de mim, mesmo nos momentos difíceis da nossa vida. Sou feliz porque juntos construímos um lar, uma família e crescemos.

E espero ser feliz até ao fim dos meus dias. Com o meu príncipe, os meus filhos, e os meus netos e bisnetos ( sim sim !!! Que quero durar muito...longa vida com saúde para todos nós!).

E com isto, andarei sempre a carregar o medo. O medo de perder...o medo de acordar deste sonho maravilhoso.

 

Se eu...

fosse dona de casa:

  • teria ficado com os meus filhos ( sem dúvida nenhuma!!!!) em casa até terem 4 / 5 anos
  • de manhã tratava da casa e deles, de tarde iríamos passear ou plantar ou brincar ou ler ou...
  • teria a casa sempre arrumadinha e limpinha
  • as refeições seriam mais saborosas pois teria tempo para fazê-las com tempo, amor e dedicação
  • o marido chegaria a casa e poderia ter tempo para dedicar aos filhos, tempo para me dedicar a mim, e tempo para dedicar a si próprio

Mas...como não sou :

  • obrigo os meus filhos a acordarem às 7h quando gostam mais de o fazer às 8h
  • é uma correria entre vestir, comer, lavar-se e seguir cada um para o seu trabalho ( em que escola é = trabalho também)
  • a casa está sempre uma confusão, por vezes estou a lavar o chão às 22h
  • as refeições são sempre de rápido processo, cozido, grelhado etc..mas nada de muito elaborado tipo frango recheado e coisas do género
  • o marido tem a sua parte das tarefas, pouco tempo tem para os filhos, para ele "nickles" e para mim...o beijo de boa noite
  • só tenho cerca de 1hora por dia que posso dedicar aos meus filhos ( por vezes nem isso...)

Não me estou a queixar! Estou apenas a relatar um facto, aliás...vários factos da minha vida, que poderiam ser diferentes.

Felizmente trabalho perto de casa, o marido também ( sei de pessoas que deixam os filhos às 7h e vão buscá-los às 19h30 devido à distância do trabalho). Sei que não estou mal, estou bem. Orgulho-me de ser uma mulher que trabalha e que colabora para este nosso país. Pena não ver nenhum tipo de retribuição nisso!!! Para ser sincera...vontade não me falta em largar as coisas e começar de outra forma, noutro sítio.

Enfim...pensamentos!

 

Se calhar se não tivese trabalho, queixava-me que estava farta dos miúdos...( não me parece de forma nenhuma uma vez que trabalhei com eles ao meu lado até aos 15 meses! Se tivesse estado em casa teria sido ainda mais maravilhoso!), fartava-me de tratar da casa e do jardim ( e o marido ficava farto de trabalhar e chegar a casa e ver a casa desarrumada na mesma)...sei lá eu! Acho que até seria uma boa dona de casa, lol.

Quando chegasse à cama não estaria tão cansada pelo menos. SIM !!! Que não me convencem as donas de casa que dizem que ficam mais cansadas do que pessoas que trabalham têm de fazer o MESMO mas após 8, 9 ou mais horas de trabalho ! Não me lixem!

Podem sentir-se cansadas claro! Mas imaginem-se a fazer tudo isso depois de se terem levantado cedinho, aturado clientes chatos ( que fazem falta ), corrido para apanhar os filhos na escola etc...

 

Cada um com a sua vida...eu com a minha. Uma coisa é certa : SE EU não tivesse a vida que tenho, não teria feito este post! {#emotions_dlg.sarcastic}

Viva a vida, que apesar de tudo gosto muito da minha!

Pensamentos...

Não entendo porque dizem por vezes , quando o meu filho chora por qualquer motivo ( ele não é de chorar) ,que os homens não devem chorar. Mas não choram porquê? Não têm sentimentos? Ou não podem mostrar o que sentem... Não entendo,não quero entender. Apenas quero que o meu filho, lá por ser do género masculino possa chorar quando assim tiver vontade sem ser chamado à atenção pelos motivos errados do meu ponto de vista! Pior... é que já dei por mim a dizer-lhe isso, e isso chateou-me mais ainda ! Arrependi-me logo podem ter toda a certeza!

 

Entretanto, hoje enquanto esperava que a princesa saísse da aul a de ballet, fiquei a ver crianças na natação. Pais que ensinavam os filhos como mergulhar de cabeça. Pensei, e ri-me sozinha, a pensar no rídiculo ( ou não) que é nós, pais ( e atenção que eu estou lá BEM incluída!), ensinarmos os nossos filhos a fazer coisas que muitas vezes não sabemos fazer! Ora eu cheguei a dizer aos meus filhos, inclina-te mais assim para não ires de " chapa" à água, estica mais os braços etc. mas o certo, é que eu não sei mergulhar como é suposto ( limito-me a saltar lá para dentro independemente da posição, e por vezes sai mesmo "chapa"! ). Então porque fiz questão que eles o fizessem bem, hein? E ali estava eu, a olhar para os pais, e a pensar quantos deles sabe mergulhar de cabeça...

Pensamentos...

Ando aqui a pensar...que segunda-feira começo a trabalhar, inicia-se mais um ano escolar, mais um ano de rotinas com novos horários, actividades etc.

Continuo a pensar...e penso.

Penso nos novos objectivos.

Penso na dedicação que quero dar aos meus filhos e ao meu marido.

Penso em prioridades.

Penso nos livros que quero ler.

Penso nos passeios que quero fazer.

Penso muito, e em muita coisa.

E penso que apesar de gostar muito de partilhar os nossos momentos aqui no blog, este novo ano quero que seja diferente.  Quem iniciou o blog foi o meu marido. Tudo partiu dele, e confesso que me fui apaixonando por todo este mundo de blogs, onde partilhamos bocadinhos de nós, da nossa vida, dos nossos momentos bons e maus. E temos quem nos apoie, quem nos deixe um beijinho, quem nos chame à razão. Acabamos por criar laços apesar da distância. Laços esses que são diferentes. Diferentes porque não conhecemos as pessoas, mas sabemos o que esperar delas. Sabemos se estão felizes ou tristes. Se vivem bem, ou passam por alguma dificuldade. Laços. Laços que são mais do que colegas, mas talvez menos que amizades.

 

Resumindo ( que sou muito tagarela!) .Estou a pensar em deixar de escrever no blog. Não sei até quando irei escrever...e não faço questão de fazer um post de encerramento ( posso mudar de pensamentos certo?!). Quero apenas que fiquem informadas. Se deixar de aqui escrever, simplesmente será porque deixou para mim de fazer sentido partilhar os meus nossos preciosos momentos. 

E continuando a pensar...talvez partilhe apenas pensamentos, em vez de momentos.

 

Beijinhos.

Por vezes

é preciso falar, gritar e desabafar para nos resolvermos interiormente. Independentemente do final, e da resolução.

Não devemos desistir mas sim investir nos nossos sonhos. Nada na nossa vida é definitivo a não ser a morte. Até lá, percorremos muitos caminhos, uns mais acertados que outros. Mas VIVEMOS !

Adoro esta música, e acho-a inspiradora a nunca desistirmos de nós próprios, dos nossos sonhos. Afinal...só se vive uma vez!